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Helicópteros multimissões utilizados pelas OASP, Organizações Aéreas de Segurança Pública, possuem diversos pontos de ancoragens na cabine, utilizados em variadas missões por policiais e bombeiros...
...desde fixação de redes para materiais a ancoragem de cordas de salvamento, rapel etc.
O helicóptero mais empregado pelas OASP no Brasil é o AS50 Esquilo, cujo manual prevê as seguintes cargas permissíveis de uso das ancoragens do piso da cabine:
- Longitudinal: 280 daN
- Lateral 160 daN
- Vertical 530 daN
- Resultante 620 daN
No entanto, sempre questionamos como seriam as resistências dessas ancoragens após inúmeras horas de voo e uso. As vibrações, sujeira, desgastes pelo excesso de uso poderiam causar a fadiga do material?
Para ajudar a sanar nossas dúvidas, juntamos importantes profissionais do setor para realização de um ensaio em alguns pontos de ancoragens em uma aeronave do modelo citado e que já tenha sido bastante utilizada.
Walker Figueiroa (Instrutor da Spelaion e piloto) e Major Edgard Marcos Gaspar (piloto de helicóptero da PMESP) se reuniram para essa missão, contando ainda com o apoio do Piloto e Eng. Mecânico Miguel Rosário (Seamax - fabricante de aeronaves experimentais). Os ensaios foram realizados em uma sucata do helicóptero AS50 Esquilo, que foi usado por bastante tempo por OASP.
Foram realizados 4 ensaios com trações no sentido vertical, limitando a aplicação da carga em 2 tons pelo tempo de 15 minutos. Após, aliviamos a carga, e voltamos a tracionar novamente por mais 2 tons, deixando mais uma vez sob tração por mais 15 minutos.
Resultados: as ancoragens se comportaram muito bem, nesse sentido de tração, não ocorrendo a ruptura do material em nenhum dos ensaios. Ao término, foi constatada uma deformação significativa, no entanto as deformações iniciaram a partir de 1 ton de carga, portanto, acima da carga de trabalho especificada nos manuais da aeronave e empregado pelas OASP.
Muitos estudos ainda estão em andamento por nossa equipe referente a esse tópico e serão publicados em breve!
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